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Qual é a origem do Dia das Mães e como ele se tornou o pior pesadelo de sua fundadora?

Descubra por que homenageamos nossas mães todos os anos no segundo domingo de maio – e como o feriado se transformou em um grande sucesso comercial

Publicada em 11/05/25 às 07:22h - 37 visualizações

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Qual é a origem do Dia das Mães e como ele se tornou o pior pesadelo de sua fundadora?
 (Foto: Arquivo Pessoal / mães Janete Dias, Jesus Pinheiro e Maria Elzi Dias Pinheiro (em memória))

O Dia das Mães é uma das maiores ocasiões comemorativas do ano em diversos países do mundo todo, mas definitivamente não começou como um feriado criado por fábricas de cartões e nem por uma floricultura.  

O Dia das Mães que comemoramos anualmente no 2ª domingo de maio existe, em grande parte, devido aos esforços incessantes – alguns podem dizer que é uma obstinação maníaca – de uma mulher chamada Anna Jarvis. Mas Jarvis não foi a primeira norte-americana a promover a ideia.

As primeiras tentativas de fazer com que o feriado se tornasse realidade se concentraram em questões sociais maiores, como a promoção da paz e a melhoria das escolas. Mas a versão do dia que finalmente “pegou” se tornou o pior pesadelo de sua fundadora.

As antigas comemorações de Dia das Mães

O Dia das Mães foi inicialmente lançado por ativistas contra a guerra em 1872. A autora Julia Ward Howe, mais lembrada por ter escrito “The Battle Hymn of the Republic” (O Hino de Batalha da República, em tradução livre), defendeu um Dia das Mães pela Paz, no qual as mulheres pacifistas se reuniriam em igrejas, salões sociais e lares para ouvir sermões ou ensaios, cantar e orar pela paz.  

Cidades americanas como Boston, Nova York, Filadélfia e Chicago realizavam cultos anuais no Dia das Mães, centrados no pacifismo, todo dia 2 de junho até aproximadamente 1913. Mas essas celebrações desapareceram, assim como os pedidos de paz das mães quando o mundo entrou na Primeira Guerra Mundial

Outro esforço inicial do Dia das Mães foi liderado pela professora e diretora Mary Towles Sasseen, de Henderson, no estado de Kentucky, Estados Unidos. Sua ideia, lançada em 1887, concentrou-se nas escolas: Sasseen escreveu um guia, Mother's Day Celebrations (Celebrações do Dia das Mães), com a esperança de que os sistemas escolares de todo o país realizassem recepções no Dia das Mães para fortalecer os laços entre alunos, pais e professores. Mas quando ela morreu, em 1924, o Dia das Mães de Sasseen nunca foi muito além do Kentucky.

Quem realmente criou o Dia das Mães?

Em fevereiro de 1904, Frank Hering, membro do corpo docente da Universidade de Notre Dame, em Indiana, nos Estados Unidos – e técnico de futebol americano e presidente nacional da Ordem Fraternal das Águias –, fez um discurso intitulado “Nossas mães e sua importância em nossas vidas”. Foi o primeiro apelo público para reservar um dia nacional para homenagear as mães

Embora essa organização ainda considere Hering (e a própria instituição) como os “verdadeiros fundadores do Dia das Mães”, seu papel na proposta do feriado logo foi eclipsado pelos esforços incansáveis de Anna Jarvis para divulgar e promover o feriado – e ela própria como fundadora. 

Os trabalhos de Jarvis, que tornaram o Dia das Mães uma realidade, começaram com o desejo de homenagear sua própria mãe – que havia participado das reuniões de Julia Ward Howe e orado, literalmente, para que esse dia existisse. 

Em 1908, quando Jarvis organizou as primeiras comemorações oficiais do Dia das Mães em Grafton, Virgínia Ocidental e Filadélfia, ela escolheu o segundo domingo de maio porque homenageava o aniversário da morte de sua mãe.

Como a campanha de Jarvis expandiu rapidamente as observações do Dia das Mães em todo os Estados Unidos, ela rejeitou a ideia de que a sugestão anterior de Hering tivesse algo a ver com isso. Uma declaração da década de 1920, sem data, intitulada “Kidnapping Mother's Day: Will You Be an Accomplice?” explicava sua atitude em relação à Hering: 

“Faça-me a justiça de abster-me de promover os interesses egoístas desse reclamante, que está fazendo um esforço desesperado para arrancar de mim o título legítimo de criadora e fundador do Dia das Mães, estabelecido por mim após décadas de trabalho, tempo e despesas incalculáveis”. 

Jarvis, que nunca teve filhos, agiu em parte por ego, comenta Katharine Antolini, historiadora do West Virginia Wesleyan College e autora de “Memorializing Motherhood: Anna Jarvis and the Struggle for Control of Mother's Day”. “Tudo o que ela assinava era como: Anna Jarvis, criadora do Dia das Mães. Era assim que ela era.

Primeiro Dia das Mães no Brasil foi celebrado em Porto Alegre em 1918

Cravos vermelhos e brancos, música e poesia em Porto Alegre-RS

No domingo de 12 de maio de 1918, a capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, realizou a primeira celebração do Dia das Mães no país. A iniciativa foi da Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul (ACM-RS).

Naquele segundo domingo de maio, também chovia na capital gaúcha. A ACM-RS conta que seu salão social foi aos poucos se enchendo de gente para celebrar a figura materna.

"Na ante-sala, em uma mesa, envelopes e papel de correspondência convidavam aqueles que tivessem as mães distantes para que lhes escrevessem uma mensagem de afeto. Na entrada do salão, vasos de cravos vermelhos e brancos enfeitavam o ambiente, e cada pessoa que entrava recebia uma flor que era colocada em sua lapela por Eula Kennedy Long, brasileira e esposa de Frank Millard Long, secretário-geral da ACM", diz texto publicado no site da entidade.

Os cravos representavam uma simbologia delicada. Pessoas com mães vivas, usavam vermelhos nas lapelas, enquanto filhos de mães já falecidas, os brancos. Após discurso oficial, ocorreu uma  apresentação musical e declamação de poesias, feita pela escritora Júlia Lopes de Almeida.

O exemplo gaúcho se espalhou pelo país. No ano seguinte, a ACM do Rio de Janeiro celebrou a data, em 1921, a de São Paulo. Em 1932, Getúlio Vargas decretou que ela se tornasse feriado oficial e, em 1947, o dia foi incluído no calendário oficial da Igreja Católica.




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