Segundo a coluna do jornalista Aguirre Talento, do UOL, o material analisado pela corporação aponta que o nome de Rodrigo Pacheco surgiu em anotações ligadas à expressão "vigilância armada", que indicariam uma possível operação de monitoramento no momento em que o senador retornava de viagem internacional. As menções a Moraes e Zanin aparecem, conforme a PF, em registros e diálogos que sugerem o planejamento de atentados contra os ministros da Corte.
As provas foram obtidas a partir de documentos recolhidos em 2023 na casa do coronel da reserva Etevaldo Caçadini, considerado o líder da organização. A PF identificou entre os materiais um suposto regimento interno da “empresa de pistolagem”, com divisão de tarefas, descrição de armamentos e até menção ao uso de garotas de programa. Também foi encontrada uma tabela de preços com valores atribuídos à espionagem e, possivelmente, ao assassinato de autoridades.
O material indica valores escalonados conforme a posição do alvo: R$ 250 mil para ministros do Judiciário, R$ 150 mil para senadores, R$ 100 mil para deputados e R$ 50 mil para "figuras normais". A PF ressalta que, devido aos valores considerados baixos, a hipótese mais provável é que a tabela se referisse a serviços de vigilância e não diretamente à execução de homicídios.
Ainda conforme a reportagem, as conversas interceptadas pela investigação também mencionam outros ministros do STF e parlamentares como possíveis alvos da organização criminosa, reforçando a gravidade do plano estruturado pelo grupo armado.
Em nota, a advogada de Etevaldo Caçadini, Sarah Quinett, afirmou: “Reiteramos nossa confiança nas instituições brasileiras e no trabalho responsável das autoridades competentes, bem como reafirmamos nossa convicção na inocência dos nossos constituídos”. Ela acrescentou que nenhuma prova de atividade ilícita foi encontrada durante as buscas realizadas nesta terça-feira.