“A investigação identificou mecanismos sofisticados para dissimular o recebimento de vantagens indevidas, com movimentações financeiras que indicam a prática reiterada de crimes de lavagem de dinheiro”, destacou a Polícia Federal em nota.
A nova fase da Sisamnes foi deflagrada menos de 24 horas após revelações alarmantes feitas na etapa anterior da operação. Na quarta-feira (28), a PF tornou público que militares da ativa e da reserva estavam envolvidos com a criação de uma empresa clandestina que operava sob o nome “Comando C4: Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”. O grupo teria atuado com espionagem ilegal e estaria envolvido em assassinatos por encomenda.
Com foco inicial no combate à corrupção no sistema judiciário, a Operação Sisamnes — nome que faz referência a um juiz persa da Antiguidade que foi punido por aceitar suborno — tem revelado conexões entre diferentes esferas de poder e organizações clandestinas. A PF segue com as investigações em curso e não descarta novas fases da operação.
A Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso ainda não se manifestou oficialmente sobre o afastamento do juiz. O caso corre sob sigilo no STF.