De acordo com os dados do balanço oficial, o bom desempenho foi puxado principalmente pelo aumento no volume exportado, que cresceu 10,2%. Os preços internacionais também contribuíram, com alta média de 2,1%. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, atribuiu os resultados à estratégia de fortalecimento sustentável do setor. “Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado”, afirmou o ministro.
Produtos em alta e novos mercados
Entre os principais produtos exportados em março, destacam-se:
Além dos produtos tradicionalmente exportados, o governo federal tem investido na promoção de itens com alto potencial de expansão, como gelatinas, café solúvel, óleo essencial de laranja, pimenta-do-reino e rações para animais domésticos. Esses produtos atingiram recordes de exportação em março e são considerados estratégicos para ampliar a presença do Brasil em mercados da Ásia, Europa e América do Norte.
Trimestre recorde e superávit robusto
No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o agronegócio brasileiro exportou US$ 37,8 bilhões, valor recorde para o período e 2,1% superior ao registrado no mesmo intervalo de 2024. O superávit da balança do setor também foi expressivo, alcançando US$ 32,6 bilhões — alta de 2,1%.
Os principais destinos das exportações continuam sendo China, União Europeia e Estados Unidos, que, juntos, responderam por mais da metade das vendas externas do setor. Outros países asiáticos, como Vietnã, Turquia, Bangladesh e Indonésia, também ampliaram significativamente suas importações de produtos brasileiros, especialmente soja, algodão, celulose e carnes.
Valorização dos produtos brasileiros
Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, os resultados confirmam o avanço da estratégia do Brasil de se firmar como um fornecedor global confiável. “Os resultados de março demonstram o fortalecimento do agronegócio brasileiro no exterior, em um contexto de crescentes tensões comerciais, com foco na segurança alimentar global. A ampliação da presença em mercados de nicho, por meio de produtos de maior valor agregado, reflete uma estratégia comercial que valoriza a escuta ativa das demandas dos setores produtivos. Ao oferecer alimentos com sanidade, qualidade e competitividade, o Brasil se consolida como parceiro confiável”, afirmou.
Perspectivas e impactos econômicos
A expansão das exportações, especialmente de produtos não tradicionais, fortalece a economia nacional ao estimular a geração de empregos e renda, atrair divisas, diversificar parceiros comerciais e reduzir a vulnerabilidade externa. O processo também contribui para a valorização dos produtos brasileiros, incentiva investimentos em inovação e sustentabilidade e fortalece laços estratégicos no cenário internacional.
Os dados divulgados reforçam o papel central do agronegócio na recuperação econômica do país e no fortalecimento de sua presença global. A sinergia entre o setor público e a iniciativa privada — com ações voltadas à abertura de mercados, segurança sanitária e promoção comercial — tem sido apontada como um dos principais fatores de sucesso dessa trajetória.