O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já definiu com o presidente Lula (PT) que deixará o cargo em abril de 2026 para disputar as eleições. Apesar de não confirmar publicamente, o acerto foi feito nos bastidores. A expectativa do chefe de Estado é que o ministro concorra ao Senado, onde poderá enfrentar diretamente nomes do bolsonarismo que também disputarão as vagas em jogo. Com informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.
Em recente levantamento realizado pelo Paraná Pesquisas, Haddad apareceu tecnicamente empatado com Eduardo Bolsonaro (PL) na disputa por uma vaga no Senado. O resultado surpreendeu e gerou preocupação entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A escolha do cargo a ser disputado ainda depende de cenários que só ficarão claros mais perto do pleito. Segundo fontes próximas a ambos, o que importa é que Haddad esteja livre para concorrer ao posto mais estratégico para o Partido dos Trabalhadores (PT). A decisão será tomada com base na conjuntura política e nos movimentos dos adversários.
Um dos fatores decisivos será a escolha de Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo. Caso ele opte pela reeleição, Haddad pode focar no Senado. Mas se Tarcísio decidir disputar a Presidência e o vice-presidente Geraldo Alckmin mantiver sua posição de não concorrer ao governo paulista, o petista pode tentar novamente o Palácio dos Bandeirantes.
Mesmo uma candidatura à Presidência da República não está descartada. Lula é hoje pré-candidato à reeleição, mas pode desistir mais adiante.
Nesse cenário, o único nome cogitado por ele para substituí-lo é o de Haddad, com quem tem alinhamento político e pessoal. A possibilidade, no entanto, só será considerada se houver mudança no plano presidencial do atual chefe do Executivo.
Na última terça-feira (13), durante entrevistas, Haddad negou qualquer intenção de candidatura. A postura é vista como estratégica, e não se espera uma confirmação pública tão cedo.