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Novo Papa: Brasil pode receber Leão XIV ainda este ano; saiba quando

Informação foi comunicada pelo bispo e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers

Publicada em 09/05/25 às 15:28h - 5 visualizações

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Novo Papa: Brasil pode receber Leão XIV ainda este ano; saiba quando
 (Foto: JORNAL TVL NEWS)

Papa Leão XIV será convidado para visitar o Brasil ainda este ano e participar da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que vai acontecer em Belém, no Pará. A informação foi comunicada pelo bispo e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers.

Segundo ele, a proximidade da COP30 com a região amazônica e a presença do cardeal Dom Steiner, arcebispo de Manaus, no Vaticano, podem facilitar o convite ao novo pontífice. “O que vem agora com força é a própria COP 30. Como vai ser na Amazônia e nós temos um cardeal da Amazônia, que é o Dom Steiner, com certeza eles [os cardeais que estão no Vaticano] já farão esse convite ao papa”, declarou o bispo em entrevista à CNN.

Apesar da forte expectativa em torno da participação do recém-eleito Papa Leão XIV na COP30, o Brasil também terá outras oportunidades para receber o novo líder da Igreja Católica, segundo Dom. A possibilidade de um pontífice visitar o Brasil para tratar de questões ambientais já era cogitada com o Papa Francisco, falecido em abril. “Esse é um momento em que o papa Francisco já tinha apontado o seu interesse, porque esse era o grande tema dele”, completou o bispo.

Robert Prevost, eleito Papa nesta quinta-feira (8), é o primeiro da América do Norte e com dupla cidadania, também com raízes latino-americanas, no Peru. O pontífice indica a continuidade de uma postura em defesa do meio ambiente e contra a crise climática, além de apoio a causas progressistas.

Uma voz contra o negacionismo climático e o extremismo

A posse de Leão XIV acontece num contexto em que a Igreja Católica tem ampliado seu papel diante da crise climática global. Desde a encíclica Laudato Si’, de 2015, o Papa Francisco tem defendido com veemência a responsabilidade ecológica como um dever ético e espiritual.

Na mesma linha de Francisco, durante um seminário realizado em Roma, em outubro de 2024, sobre “Abordar os problemas da crise ambiental à luz da Laudato si’ e da Laudate Deum, experiências na América Latina”, Prevost afirmou que o ser humano não deve agir como tirano diante da natureza. Em pronunciamento sobre a crise ambiental global, o então cardeal Robert Francis Prevost ressaltou a urgência de se avançar “das palavras à ação”, com base nos princípios da Doutrina Social da Igreja.

Agora como Papa Leão XIV, ele reiterou que o “domínio sobre a natureza” confiado por Deus ao ser humano não deve assumir contornos tirânicos, mas se pautar por uma relação de reciprocidade com o meio ambiente, conforme divulgado pela Vatican News.
Prevost também advertiu para os impactos negativos do desenvolvimento tecnológico desenfreado e reafirmou o empenho da Santa Sé na proteção da criação, citando como exemplos a instalação de painéis solares e a adoção de carros elétricos no Vaticano.

A eleição de um pontífice próximo ao legado de Francisco e ligado às causas sociais afastou o temor de um retrocesso conservador no Vaticano. A continuidade com os valores de Francisco é explícita: ao assumir o papado, Leão XIV fez questão de homenagear seu antecessor, falar em espanhol e rezar pela paz. 

O novo papa já manifestou divergências públicas com o atual vice-presidente dos EUA, JD Vance. Em uma publicação na rede X, ele reagiu a uma fala do político que hierarquizava o amor cristão, afirmando: 

“Jesus não nos pede para classificar nosso amor pelos outros”

A crítica foi direcionada a uma entrevista em que Vance afirmava amar primeiro a família, depois os concidadãos, e só então o restante da humanidade. Ele também já se posicionou contra Trump e contra o falecido ditador peruano Alberto Fujimori.

Dom Ricardo Hoepers afirma que ele conhece bem o Brasil. "Uma benção pra nós”, diz. “O carinho que ele tem é muito grande, estamos certamente no coração do papa.” Leão XIV havia planejado visitar o Brasil no mês passado, quando ainda era cardeal. A viagem tinha como destino um retiro espiritual dos bispos brasileiros em Aparecida (SP). “Ele aceitou prontamente o convite e chegou a preparar suas meditações”, disse o bispo.

Papa Leão XIV já esteve em Belo Horizonte e em cidades da Região Metropolitana da capital mineira em 2004 e 2012. Em ambas as ocasiões, ele participou de eventos dos frades agostinianos como superior da Ordem de Santo Agostinho, segundo o portal G1. Também não era cardeal, já que recebeu o título apenas em 2023, pelas mãos do Papa Francisco. Em 2004, participou da festa de 70 anos do tradicional Colégio Santo Agostinho e foi fotografado se servindo de um dos pratos mais típicos da culinária mineira, o frango com quiabo.  

Em dezembro de 2012, visitou as unidades dos Freis Agostinianos localizadas na região metropolitana de Belo Horizonte e presidiu a Profissão Solene dos freis, em Mário Campos. "Naquela ocasião, o prior geral da nossa ordem era o padre Robert Prevost, hoje Papa Leão XIV. Em virtude dessa função na ordem, ele estava aqui no Brasil para presidir a nossa assembleia vicarial e acolheu, como prevê as constituições, a profissão dos votos", explicou Jeferson Felipe, em entrevista ao jornal O Tempo.

A seguir, confira todos os posicionamentos já expressos pelo novo papa sobre temas centrais da agenda contemporânea:

Pena de morte

Durante uma entrevista concedida ao jornal La República, no Peru, em abril de 2022, Leão XIV classificou a pena capital como “inadmissível”. Declarou que a Igreja deve se manter intransigentemente “a favor da vida, em todo momento”, deixando claro que a doutrina católica não pode mais aceitar execuções como compatíveis com a fé.

Racismo

No auge dos protestos que se seguiram ao assassinato de George Floyd por um policial nos EUA, Prevost utilizou as redes sociais para condenar o racismo estrutural e endossar a necessidade de enfrentamento das injustiças raciais. Seu discurso se alinhou a valores de igualdade e solidariedade entre os povos.

Gays

Sobre a bênção a casais do mesmo sexo, Leão XIV adotou uma posição prudente. Em outubro de 2024, defendeu que as conferências episcopais nacionais tenham autonomia para tratar do tema de acordo com suas realidades culturais. Sem uma resposta definitiva, sinalizou abertura para o debate e descentralização das decisões.

Meio ambiente

Em pronunciamento registrado pela imprensa do Vaticano, Leão XIV criticou a forma como a humanidade tem exercido domínio sobre a natureza. Destacou que esse papel, confiado por Deus, não deve ser tirânico, mas sim pautado por uma “relação de reciprocidade”. Disse ainda que é hora de superar o discurso e adotar medidas concretas diante da crise ecológica global.

Ordenação de mulheres

Durante o Sínodo realizado em 2023, o então cardeal Prevost se manifestou contra a ordenação feminina. Argumentou que “clericalizar as mulheres” não resolveria os problemas da Igreja, podendo inclusive gerar novas distorções. Citou que essa percepção foi compartilhada por mulheres presentes na assembleia e reiterou a importância de discutir a participação das mulheres sem reduzi-la à questão clerical.

Imigrantes

Em mais de uma ocasião, Leão XIV expressou repúdio às políticas de deportação adotadas pelo governo Trump. Em sua última postagem antes da eleição, compartilhou uma crítica à deportação de um cidadão salvadorenho, afirmando que o episódio foi conduzido de forma ilícita. Também reprovou a exclusão de refugiados sírios, reproduzindo a mensagem de um padre que denunciava a imoralidade de rejeitar os mais vulneráveis. “Jesus chora”, dizia o texto que ele fez questão de divulgar.




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