A comitiva brasileira esteve reunida com autoridades chinesas para fortalecer laços, fechar acordos e abrir caminhos em áreas como tecnologia, saúde e desenvolvimento sustentável. Os compromissos bilaterais envolveram a assinatura de uma série de memorandos de entendimento, além de reuniões de alto nível com representantes do governo chinês, empresas estratégicas e centros de pesquisa.
Lula enfatizou que a reconstrução do Brasil no plano externo passa pela valorização do diálogo e das parcerias internacionais. “O Brasil que queremos se constrói com diálogo e parcerias”, afirmou o presidente, reforçando a importância de uma política externa soberana e alinhada aos interesses nacionais. A viagem teve forte caráter simbólico e estratégico, marcando o reposicionamento brasileiro diante das grandes potências e o fortalecimento dos laços com a China — principal parceiro comercial do país desde 2009.
Na avaliação de membros do governo, os acordos firmados durante a viagem representam avanços significativos em áreas-chave do desenvolvimento brasileiro. Na área de tecnologia, por exemplo, destacam-se parcerias para inovação em semicondutores e pesquisa conjunta em inteligência artificial. Na saúde, foram firmados compromissos com instituições chinesas para o intercâmbio de conhecimento em biotecnologia e produção de medicamentos. Já no campo do desenvolvimento sustentável, o Brasil e a China reafirmaram o compromisso com a transição energética, com projetos voltados à energia limpa e à proteção ambiental.
A visita também teve como pano de fundo a intensificação das articulações dos países do Sul Global em busca de uma ordem internacional mais equilibrada e menos dependente do eixo Washington-Bruxelas. Lula tem reiterado que o Brasil não deve se submeter a blocos hegemônicos, e sim construir alianças baseadas na soberania, no respeito mútuo e na cooperação solidária.
O encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, consolidou o bom momento das relações sino-brasileiras. Em uma cerimônia que simbolizou o estreitamento dos laços entre os dois países, os líderes destacaram a importância de uma “parceria estratégica global” voltada para o desenvolvimento comum e para o enfrentamento dos grandes desafios do século XXI.
Com essa visita, o governo Lula sinaliza ao mundo que o Brasil quer — e pode — ser parte ativa da solução dos problemas globais, promovendo uma diplomacia altiva, sem submissão e centrada nos interesses do povo brasileiro.