Os depoimentos na Primeira Turma vão até 13 de junho e serão conduzidos
pelo ministro Alexandre de Moraes, com a participação do
procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A defesa de Braga Netto chegou a pedir a suspensão dos interrogatórios
para aguardar os depoimentos das testemunhas dos outros núcleos
investigados. Mas, nessa quinta-feira (5/6), Moraes negou o pedido dos
advogados por não ter justificativa legal e razoabilidade. O ministro,
inclusive, mandou a Polícia Federal liberar aos réus o conteúdo
apreendido no celular do delator, o tenente coronel Mauro Cid.
Os depoimentos serão feitos em ordem alfabética. Primeiro será ouvido o
delator Mauro Cid, depois Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson
Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter
Braga Netto, que falará por videoconferência em razão de estar preso.
Todos respondem pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa
armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
dano e deterioração de patrimônio. E terão o direito ao silêncio.
A legislação prevê algumas perguntas que podem ser feitas aos réus por
Alexandre de Moraes. Entre elas: se a acusação é verdadeira; se não for,
porque acredita que foi feita e se sabe quem é o verdadeiro autor do
suposto crime; se tem algo a falar contra alguma das testemunhas ou
provas. Ainda poderão ser feitas perguntas sobre os detalhes das
investigações e das provas.