A manifestação esvaziada ocorre três dias após Bolsonaro ter recebido alta hospitalar em razão de uma cirurgia para desobstrução intestinal. Bolsonaro ignorou a recomendação médica para que evitasse participar do evento.
O ex-ocupante do Palácio do Planalto, que é réu no Supremo por liderar a tentativa de golpe, ficou a maior parte do tempo em pé no trio elétrico dos organizadores do evento durante o trajeto de cerca de 2 quilômetros entre a Torre de TV e a Esplanada dos Ministérios. Ele ouviu discursos de aliados e também fez uma breve fala em defesa da anistia, de acordo com o relato da Reuters.
"Anistia é um ato político e privativo do Parlamento brasileiro. O Parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada", disse. "Tem que cumprir a vontade do Parlamento que é quem representa a vontade da maioria do povo brasileiro", disse, sem detalhar que a anistia não foi aprovada no Congresso.
Bolsonaro e aliados pressionam para que a Câmara paute o projeto que concede anistia a envolvidos no 8 de Janeiro, após conseguirem mais que o número mínimo de assinaturas para que a proposta tramite em regime de urgência, o que o levaria para ser votado diretamente em plenário. Contudo, o colégio de líderes partidários da Câmara decidiu há duas semanas não levar a matéria para a pauta no momento, com o apoio do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).